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FAMIGERADAS CRIMINAIS BCP

MILLENNIUM BCP NO MUNDO DO CRIME...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Jardim Gonçalves acusado: Acusação ao BCP é baseada nos processos do Banco de Portugal e CMVM


A acusação do Ministério Público a parte da antiga administração do BCP é sustentada por informação transmitida pelo Banco de Portugal, no que diz respeito aos aspectos contabilísticos, e pela CMVM, relativamente à manipulação das acções do banco.
A queixa de Joe Berardo é a origem do processo de acusação a Jardim Gonçalves, Cristopher Beck, Filipe Pinhal, Castro Henriques e António Rodrigues. O processo só conseguiu ser construído graças às posteriores investigações e informações fornecidas pelo Banco de Portugal e Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, apurou o Negócios.
A Procudoria Geral de República deverá ainda hoje emitir um comunicado sobre o processo.
Os cinco ex-administradores são acusados de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada. Jardim Gonçalves e Cristopher Beck são puníveis com pena de prisão até três anos, sendo que o crime de burla pode chegar aos oito anos de prisão.
A manipulação de mercado é matéria que está no âmbito das competências de supervisão do mercado de capitais e como tal da CMVM. A contabilidade é avaliada pelo Banco de Portugal.
Além dos processos crime, os administradores do BCP estão sujeitos a sanções por parte das autoridades de supervisão.
O Ministério Público acusa os cinco administradores de terem provocado um prejuízo da ordem dos 600 milhões de euros ao BCP e de terem recebido indevidamente 24 milhões de euros.
Em termos genéricos, o que está em causa é a acusação de compra de acções do BCP através de veículos e crédito do próprio banco – o que terá empolado a cotação accionista do banco – e a posterior não contabilização de perdas na contabilidade – o que empolou os lucros. Com base nesses resultados terão sido calculados os prémios atribuídos aos administradores.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BCP: CMVM comunica à Procuradoria abuso de informação privilegiada


Adriano Miranda (arquivo)
A notícia surge no mesmo dia em que se soube que o Banco de Portugal acusou sete ex-líderes da instituição de gestão ilícita
A CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) vai enviar mais um relatório sobre o BCP ao Ministério Público para apuramento de eventuais responsabilidades criminais e denunciar um caso de abuso de informação privilegiada.

A notícia surge no mesmo dia em que se soube que o Banco de Portugal acusou sete ex-líderes da instituição de gestão ilícita, depois de na sexta-feira lhe ter instaurado um processo contra-ordenacional – iniciativa que a CMVM já tinha tomado.
O Conselho Directivo da CMVM decidiu "comunicar ao Ministério Público os factos que estiveram subjacentes ao processo de contra-ordenação (...) referido para apuramento de eventuais responsabilidades criminais", refere uma nota do regulador publicada no site da comissão.

A CMVM vai também "denunciar ao Ministério Público indícios de um caso de abuso de informação privilegiada com acções do BCP" e comunicar outras situações de subscrição de acções próprias em condições que indicam violações aos Código das Sociedades Comerciais.

As decisões surgem "no seguimento das acções de supervisão e investigação sobre o Banco Comercial Português, visando apurar a natureza e a actividade de diversas entidades sedeadas em jurisdições “off-shore”, responsáveis por investimentos em valores mobiliários emitidos pelo grupo BCP ou por sociedades com ele relacionadas", esclareceu o supervisor.

Sociedades “off-shore”

O anúncio de hoje acontece depois de, na sexta-feira, a CMVM ter notificado o banco da acusação num processo de contra-ordenação por prestação de informação financeira falsa ao mercado. Quanto as pessoas individuais implicadas e em relação às quais este supervisor já deliberou também deduzir acusação, as notificações ainda não foram feitas mas "seguirão em breve", segundo fonte oficial. Este processo diz respeito a alegadas irregularidades cometidas pelas anteriores gestões do banco e à utilização de um vasto número de sociedades “off-shore” para ocultar operações e informação aos dos supervisores.

Hoje soube-se também que, no apuramento final de responsabilidades a alegados actos ilícitos praticados por antigos administradores do BCP, o Banco de Portugal (BdP) deixou de fora da acusação três ex-executivos, Bastos Gomes, Francisco Lacerda e o polaco Boguslaw Kott. A autoridade de supervisão optou, nesta fase, por não discriminar responsabilidades e notificou sete ex-gestores, incluindo os três últimos ex-presidentes executivos - Jardim Gonçalves, Teixeira Pinto e Filipe Pinhal, e dois directores da instituição.

Na notificação, o BdP não refere ter-se verificado aproveitamento pessoal ou fraude, mas levanta questões graves, designadamente, as relacionadas com as sociedades “off-shore”, que serviram para a compra e venda de acções próprias sem conhecimento das autoridades. Isto porque ao não se terem abatido as acções próprias aos capitais próprios, o valor patrimonial do BCP foi alterado e as acções do banco valorizaram-se artificialmente, gerando distorção das condições de mercado.

Na sexta-feira, o BdP instaurou também um processo contra-ordenacional contra o BCP, iniciativa que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já tinha adoptado. O regulador do mercado de capitais decidiu ainda enviar para o Ministério Público novas denúncias.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Joe Berardo está refém da situação que criou no BCP...


“Fiquei refém da situação que criei no BCP”

Berardo fala do banco, de Jardim Gonçalves e diz que o Benfica está no bom caminho.
Joe Berardo responde aos processos postos contra si por Jardim Gonçalves, a quem recusa pedir desculpas, e analisa o que mudou no BCP. Fala sobre a Sogrape, a Inapa e a Portucel. Acha que “Rui Costa está no ‘right place’” [lugar certo] e que é este ano que o Benfica volta a ganhar.
Há quem lhe chame o Warren Buffet português. Sente-se bem nessa pele?
<É um homem pelo qual tenho grande admiração, embora eu ache que pessoas como [George] Soros e centenas de outros que fazem investimentos de muito curto-prazo – nisso o Buffet até é diferente – não têm responsabilidade social. Podem fazer um ‘raid’ a uma nação ou ao Banco de Inglaterra e quase levá-los à bancarrota. Não é admissível isso acontecer. Mas se há governos que desenvolvem políticas erradas, é legítimo que um investidor tome posições contra essas políticas… Eu não estou a dizer que eles estão a violar a lei. Mas não se pode investir sem regras. Eles tomam posições curtas numa moeda e longas noutras e não têm responsabilidade nenhuma. Mas isso não é uma forma saudável de o mercado regular e corrigir políticas insustentáveis? Tem de haver maior regulação. Enquanto houver este tipo de pessoas sem regulamentação necessária para podermos sobreviver com responsabilidade social, tem de ser revista essa regulação. É também muitas vezes apontado, de forma depreciativa, como um especulador. Incomoda-o? São pessoas que não compreendem o que eu faço. Eu compro e vendo acções. E ainda bem que há pessoas como eu, senão a bolsa não funcionava porque deixava de haver liquidez. Mas há muito mais investidores como eu. O que é que os fundos fazem? Compram e vendem. Não há diferença nenhuma em relação ao que eu faço. Os fundos normalmente não são é tão activos a defender os seus interesses…Há outras pessoas que não dizem mas escrevem. Eu às vezes sou obrigado a vir mais a claro para que as pessoas vejam situações que acontecem em muitas companhias – em que alguém tem uma percentagem que dá um certo poder e não quer dar contas aos accionistas mais pequenos. A CMVM tem feito o que deve nesse campo? Está a melhorar. Mas essa mudança leva tempo. O quê, mudar as mentalidades? Não, as mentalidades não mudam. As leis é que têm que mudar. As pessoas querem sempre dispor e pôr sem limitações. Mas isso não pode ser. Por isso é preciso haver instituições que actualizem as leis para que isso não aconteça. Numa entrevista que deu há um ano ao Diário Económico dizia que quando perdia dinheiro num investimento saía. Mas não saiu do BCP... Normalmente tenho um nível de ‘stop-loss’ em que quando as acções caem abaixo desse valor eu vendo. O BCP foi muito mais complicado. Eu pressentia que as coisas não corriam como deviam, mas tinha a máxima confiança no ‘management’ de Jardim Gonçalves – que veio a provar-se mais tarde que queria o poder absoluto. Quem quer poder absoluto faz uma OPA. Qual é o saldo do seu investimento no BCP?Estou a perder dinheiro. Comecei esta batalha, não podia fugir. Fiquei refém da situação que criei. Tenho tido outras experiências no passado com outros investimentos, mas não houve um ‘crash’ como desta vez. Uma parte que comprou no BCP foi com crédito da CGD… Tenho crédito em diversas instituições. Mas isso tem algum problema? Não era esse o ponto. Presumo que qualquer banco gostasse de o ter como cliente. Se calhar nem todas as administrações gostariam de o ter como accionista, mas isso é outro assunto… Acho que tenho contribuído para que haja mais clareza. Todos temos de dar contas a alguém. Ai de quem quer gerir um negócio sem prestar contas. É isso que tenho tentado transmitir: todos nós, ‘minority shareholders’, temos direitos que têm de prevalecer. Mesmo um investidor com dez ou cinco acções, tem direito a informação de acordo com os estatutos da empresa. A pergunta era sobre as garantias. Com o que está a perder teve de entregar mais garantias? Tem de se dar outras garantias ou diminuir o endividamento, depende dos contratos. Não teve dificuldades em prestá-las? Por enquanto não. Que tipo de garantias adicionais deu? Isso não vou responder. Todos temos os nossos riscos, direitos, benefícios e todos temos os nossos prejuízos. Ninguém está acima das leis. Mas o que estamos a falar no BCP não é nada disso, é abuso de confiança, conflito de interesses, são pessoas a pensar que são ‘untouchable’. Ainda há pouco tempo o eng. Jardim Gonçalves mandou-me uma carta a mandar-me calar e que devia parar de me referir ao bom nome dele. Uma pessoa que se aproveitou da confiança dos accionistas e declarou nas contas lucros que não estavam correctos e ganhava 10% desses lucros. Está a dizer que os lucros foram empolados?Os livros mostravam mais lucros do que a realidade. Quando são declarados lucros exagerados, onde Jardim Gonçalves tinha um prémio de 10%, os accionistas foram penalizados duas vezes. Todos os administradores beneficiaram disso.
São todos culpados?
Se não sabiam e assinaram as contas, ainda é mais sério. Os accionistas estão a pagar ordenados altos a pessoas em quem têm confiança para gerir o negócio. É impossível dizerem que não sabem. Eu pelo menos já dei algum lucro ao banco, quando Jardim Gonçalves pagou as dívidas do filho. Aí já o banco melhorou alguma coisa. Mas falta muito mais do que isso.


Mas acha que todos os administradores tiveram culpas, porque se não sabiam deviam saber…
Por isso sim. Mas isso está a ser investigado pelo Banco de Portugal, PGR e CMVM. Com as informações de que já dispomos, escrevemos uma carta a notificar alguns accionistas que temos provas de que participaram nisso e vamos pedir uma indemnização. Porque fomos penalizados – não quero usar uma palavra menos correcta. Eu disse na televisão que tinha havido “aldrabices” e disseram-me que não era o termo correcto. Não sei o que é que se chama uma pessoa que se apropria de coisas que não lhe pertencem? Vocês sabem mais português do que eu. Qual é a palavra?

Fiquemos pelo penalizados…
Pode ser, mas é uma palavra muito ‘soft’…

Não está a fazer um julgamento de Jardim Gonçalves na praça pública?
Não. Quando ele pagou as dívidas do filho está a admitir que errou. Ele ganhou remunerações exorbitantes pelo seu bom trabalho. Mas se ficou demonstrado, com essa situação do filho e outras, que não fez um bom trabalho, isso só prova que se apropriou de prémios pagos com dinheiro alheio que não devia ter recebido.

Porque é que o processo ainda não avançou?
Aí é preciso ficar claro que o dinheiro que estou a pedir não é para o Joe Berardo. Eu posso pôr um caso à parte pelo meu prejuízo, mas a indemnização que estou a pedir é para o banco.

E como comenta a acção interposta por Jardim Gonçalves para que lhe peça desculpas públicas ou pague 500 mil euros?
Fiquei desapontado com o montante. Há uma diferença entre este processo e o que eu pretendo colocar. O meu é pela imensa apropriação indevida de dinheiro. Este é para eu pensar que se não me calar tenho de pagar. Se pensa que uma acção de 500 mil euros me cala, deve estar desesperado.

Depreendo que não quer aproveitar a oportunidade para pedir desculpa a Jardim Gonçalves...
Se alguém tem de pedir desculpa é ele, aos accionistas. Eu nunca quis entrar em personalizações. Nunca disse que ele individualmente fez isto ou aquilo. Havia outras pessoas de quem eu gostava realmente, que eu tinha como referências e em quem tinha confiança. Ainda hoje me custa acreditar que no século XXI, num meio tão pequeno como Portugal, haja pessoas que fazem estas coisas na maior instituição financeira portuguesa. Como é que é possível?

Voltou a confiar no banco com a nova gestão ou acha que ainda há bolsas do passado?
Eu não posso viver sem confiar em alguém. Em todos os meus negócios tenho pessoas à frente em relação a quem não tenho meio termo: ou tenho confiança ou não. Acho que o ‘team’ que lá está herdou uma situação difícil e a prova que a administração tem a confiança dos accionistas é que o aumento de capital foi completamente subscrito.

Subscreveu a sua parte?
Sim, completamente.

Que medidas já tomou como presidente da Comissão de Remunerações?
Não posso falar sobre isso. Tenho o problema do sigilo.

Mas já mudou alguma coisa?
A minha nomeação foi feita e eu tenho que cumprir as minhas obrigações. Por isso em breve terei de dar a conhecer as minhas sugestões, mas aos accionistas em primeiro lugar.

Já teve acesso às informações que queria sobre os prémios pagos aos gestores no passado, que o banco lhe recusou?
Ainda não tive tempo, porque a prioridade da instituição era o banco andar para a frente, o que não é fácil com a pressão financeira sobre o sistema bancário. Portanto deve-se dar o devido tempo para as coisas serem resolvidas.

Esta posição que ainda tem no BCP é para manter, ou para vender assim que a situação estiver resolvida e as acções voltarem a subir?
O meu problema e a minha preocupação é fazer com que o valor do investimento na instituição seja justo para todos os accionistas.

Vai avançar com alguma lista para o CGS?
Isso aí, quando vier a eleição vamos analisar a situação depois essa lista deve pertencer aos accionistas, não é ao Joe Berardo. E há accionistas bem maiores do que eu.

Como é que vê a posição crescente da Sonangol dentro do BCP?
É bem vinda porque Angola é um país que tem uma estrutura financeira poderosa – a operação do petróleo já ultrapassou três milhões de barris, que é mais de um terço do que produz a Arábia Saudita. E além do poder económico, pela língua. Os angolanos gostam dos portugueses e vê-se que, com tantos países a tentar entrar em Angola, os portugueses têm tido uma certa prioridade. Também porque Angola precisa de Portugal – pelos produtos que o povo quer, como também precisa de pessoas para trabalharem lá.

Aprovou o voto de louvor ao conselho de supervisão na última assembleia geral do BCP?
Como sabe, os votos são secretos…

Se não fossem eu não precisava de fazer a pergunta porque já sabia a resposta…
Não vou comentar. Pode usar a sua imaginação. Além disso houve muita gente que me entregou votos. Tinha que pedir autorização aos outros para revelar o voto.

Não costuma pedir autorização para falar…
No que depende de mim tento dar a opinião quando posso. Mas agora está tudo em investigação, tenho que ter mais cuidado.

Por falar em investigações e processos, como está o da Papelaria Fernandes e Inapa?
A situação era escandalosa. Agora, a administração da Papelaria Fernandes pôs um processo referente a isso. O problema é que leva muito tempo.

Aí continua a perder dinheiro…
Sim, mas já fiz o ‘write-off’.

O que espera desse processo?
O problema é que estas coisas demoram demasiado tempo. Estamos a falar da bolsa, onde uma pessoa hoje está e amanhã já não está. Tenho os advogados a dizer que esse processo pode durar dez anos. Como é possível? Daqui a dez anos praticamente já devo estar morto. Nessa altura tenho 74 anos. Já viu o caso do Bear Sterns? Já descobriram que houve alguém que ganhou 180 milhões de euros por informação antecipada. E não demoraram anos ou meses. Foram semanas.

E agora provavelmente será uma questão de dias até identificarem os autores dessas operações…
Não sei, porque deve ter sido tudo feito através de ‘offshores’. Para mim, a maior praga deste século são as ‘offshores’. Deviam ser todas eliminadas.

Não me diga que não tem nenhuma...
Eu tenho. Não estou a dizer que eu não tenho. Se estou nos negócios, para estar competitivo no mercado, não posso ignorar o que os outros fazem. O que eu digo é que a taxa de impostos ia melhorar em todos os países. Devia haver uma melhor coordenação a nível mundial para acabar com as ‘offshores’, ponto. Acabou-se a história.


“VOU VOLTAR A ANALISAR O PROCESSO DA PORTUCEL”

Como vê o ressuscitar do processo da Portucel por Pedro Queiroz Pereira?
Não posso comentar assuntos notificados pelos jornais. O que eu sei é que já na altura pensei – e disse-o – que as coisas não teriam sido devidamente analisadas em relação a essa situação de concertação. Mas há muitas coisas que se dizem e em que depois a culpa morre solteira.

Mas já era accionista da Cimpor na altura?
Eu era accionista, estava na Semapa e estava na Cimpor, e sabia que alguma coisa ia acontecer.

Sente-se lesado se se provar que houve concertação?
Se isso se provar eu tenho que analisar a minha situação. Posso ir para tribunal, mas já tenho tantos processos que prefiro não falar antes de as coisas acontecerem.

R F R
Para se fazer um edifício é preciso ter um alvará que qualifique, responsabilize e certifique quem constrói. Para se estar à frente de uma unidade industrial tem que se ter qualificação industrial, alvará de actividade e saber técnico. Para se ser cirurgião, são necessários anos de especialização, muito estudo e concentração. Para se ser policia, hoje em dia, passam-se anos em treino, tem que se ser hiper responsável e civilmente vigilante. Para conduzir é preciso ter carta de condução, estar atento e respeitar o código. Para se ser cidadão, é preciso nascer, ter o minimo discernimento e respeitar a envolvente. Para se ser accionista do maior banco privado de portugal é preciso ...

NapoLeão
O camarada comendador Berardo está a "fazer queixinhas" a si próprio ?Tirando o cirurgião não sei onde lhe possa dar razão. Já tenho saudades da polícia do meu tempo de criança, tinham menos treino mas davam-nos muito mais segurança... Dinheiro. É preciso muito dinheiro para se poder brincar com a bolsa. O Mr. Joe andava a brincar com bombinhas de carnaval e ganhava muito dinheiro cada vez que uma delas "estoirava". Mas exagerou e a bombinha rebentou-lhe nas mãos e lá se foram 600 milhões.Ter acções. Existe muita gente contra Berardo, mas o que ele fez é de louvar, pôs o seu nome em prol da clareza, e sim também o faz para defender os seus interesses como é óbvio, mas o que ele fez é apenas equivalente a 10 casos casa pia, foi mexer com os intocáveis da alta finança, sigam o exemplo, o cidadão comum nem e capaz de acusar o próximo que foge ao irs e como tal quando um foge todos nós pagamos mais um pouco. Ponham os olhos no Berardo que acabou de nos dar uma lição de transparência.

Leandro Coutinho (L_Coutinhofr@Yahoo.fr)
Um país de tacanhos e ignorantes andou a idolatrar a figura de j. gonçalves como "super-homem/super-gestor".. Foi preciso aparecer um emigrante como o Berardo para partir vidrinhos e deixar de tratar o personagem com pinças de maneira a que a realidade viesse ao de cima.. (as multas da CMVM aí estão a demonstrar quem tem razão).. Berardo fez-se homem e afirmou-se como empresário em país de cultura anglosaxónica.. a diferença com os anglosaxões é que a liberdade funciona em pleno naquilo que é verdadeiramente importante.. tudo pode ser questionado, tudo pode ser alvo de contestação dentro da lei.. não existem deuses nem intocáveis que são bajulados pela carneirada.. O contributo de Berardo para acabar com essa bajulação a Jardim Gonçalves que permitia que ele varresse o lixo para debaixo do tapete, foi muito, mesmo MUITO importante.. Jardim teve mesmo de deixar o poleiro e a pose.. (as afirmações de Berardo sobre o empolamento de lucros e trampolinices nas contas do Bcp têm vindo a ser corroboradas por muitas vozes bem abalizadas.. a última, foi a de Silva Lopes em entrevista televisiva.. e Silva Lopes é presidente do Montepio, foi ministro das Finanças, Governador do Banco Central e docente universitário(...)

accionista
Parece que desta vez os colarinhos brancos não anteciparam o descontrolo das suas acções e por isso não arranjaram nenhum bode expiatório. O Mr. Joe não deu tempo para que isso acontecesse.

Harf
Por mais processos que o sr eng. ponha já não se livra do epíteto que o sr . Joe Berardo evitou utilizar. O poder corrompe, não haja dúvidas. Mas nunca devíamos tirar mérito á obra de ter conseguido criar o maior banco privado portugues.

Encantador de Serpentes
O ex-governador Silva Lopes, ex-ministro e ex-banqueiro no Monte Pio "fala d'alto" porque tem a vida bem almofadada com x+y reformas/pensões ! Quem trabalho no MontePio conhecesse tão "distinto" senhor ! Quanto ao Joe, comendador, tem criado riqueza ou é um pequeno Soros ? Até posso estar de acordo com as investigações e sansões ao BCP mas quantos "BCP's" há neste país, a meu ver o que foi feito pelo BCP não passa de prática corrente em todos os bancos. Deveria investigar também os outros bancos, inclusive o do estado (CGD). O BCP está somente a servir de bode espiatório, qual Vale e Azevedo e Carlos Cruz.

Visto daqui (manemarta@netcabo.pt

O que eu vejo é as autoridades competentes a multar o BCP, isto é os accionistas. Então não deviam ser os administradores a indemnizar o banco pelas somas indevidamente subtraídas com base em lucros inexistentes? É que assim os accionistas (os verdadeiros donos do banco), são duplamente prejudicados.

José Encarnação
DISSE SEMPRE QUE BERARDO JAMAIS SE IRIA SAFAR, AO METER-SE COM BCP... Leiam os meus comentários de há cerca de 9 meses e chegarão a estas conclusões. Mister Berardo não estava vendo o que o BCP fez na famigerada de 98/99/00/01... Pensava que iria conseguir também os biliões como conseguiu J. Gonçalves e outros... O banco desgraçou na verdade; milhares de pessoas e famílias! Nunca vi um banco assim...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ex-presidente do BCP fartou-se das declarações do investidor Berardo...

Ex-presidente do BCP fartou-se das declarações do investidor...
Jardim Gonçalves processa Joe Berardo
Jardim Gonçalves fartou-se das acusações que Joe Berardo lhe dirigiu nos últimos 15 meses e pôs os advogados a analisar à lupa as declarações do investidor que, entretanto, processou.




Jardim Gonçalves processa Joe Berardo


A gota de água foi a última entrevista dada por Joe Berardo à SIC Notícias, a 18 de Julho. "Passou todos os limites", pode ler-se no processo movido por Jardim Gonçalves contra o investidor, a que o Expresso teve acesso.

Frases como "foi mesmo aldrabice que andaram a fazer naquela instituição" e "Jardim Gonçalves faz-me lembrar Salazar" vieram juntar-se a outras que, ao longo dos últimos 15 meses, marcaram a guerra que estalou no BCP e que resultou na investigação a operações feitas pelo banco através de sociedades "off-shore" (sedeadas em paraísos fiscais).

As muitas declarações feitas ao longo desse tempo foram vistas à lupa pelos advogados de Jardim Gonçalves. O ex-presidente do BCP considera que tem sido feita uma "sistemática e inaceitável campanha difamatória, recorrendo com enorme frequência aos diversos meios de comunicação social como forma de difundir as ofensas à honra, ao bom nome e à reputação". São "ataques verbais de uma violência sem limites, com o objectivo claro de afectar o bom nome e reputação" de Jardim Gonçalves, como se pode ler no processo.

Através desta acção, Jardim pretende que Berardo se retracte publicamente das afirmações sobre si proferidas. Caso o investidor recuse cumprir integralmente tal determinação, deverá então ser obrigado a pagar €500 mil, devendo ainda ser determinada a publicação da sentença, com grande destaque, em jornal de grande circulação. Se Berardo se atrasar no cumprimento da sentença, Jardim pede que ele pague 1000 euros por cada dia.

Berardo já disse, entretanto, que não vai pedir desculpas a Jardim Gonçalves. "Ele é que tem de me pedir desculpas a mim", afirma. "E tem de pagar aos accionistas pelo mal que fez ao banco". O empresário madeirense faz questão de reafirmar que ninguém o intimida e que em Setembro vai mesmo entrar com um pedido de indemnização de €700 milhões. "Estamos à espera que o Banco de Portugal solte informação sobre o apuramento de responsabilidades por parte dos ex-administradores", diz Berardo. Os €700 milhões são os prejuízos calculados pelo investidor, resultantes da utilização das "off-shore".

Na acção instaurada contra Berardo pode ler-se ainda que "não é admissível que o réu continue a ofender e a difamar Jardim Gonçalves na praça pública, como tem feito, recorrentemente, e com total impunidade. Nem é exigível a Jardim Gonçalves que continue a tolerar passivamente esse comportamento do réu quando tem o direito de ver a sua honra, o seu bom nome e a sua reputação pessoal respeitados". Jardim diz também ter consciência de que um dos intuitos de Joe Berardo é "justamente provocar uma reacção de forma a criar mais uma polémica. Porém, tudo tem um limite. A partir desse limite, o silêncio ou a inacção, ainda que legítimos, podem ser interpretados como medo, sentimento de culpa ou tão-só resignação".



AS DECLARAÇÕES QUE FIZERAM JARDIM PERDER A PACIÊNCIA

  • 'Foi mesmo aldrabice que andaram a fazer naquela instituição'
  • 'Jardim Gonçalves faz-me lembrar o Salazar, que também fez um bom trabalho até certa altura e depois não soube sair pela porta grande. Foi de cadeirinha de rodas'
  • 'A administração anterior fez especulações do mercado para aumentar os lucros para beneficiarem dos lucros a que tinham direito a 10%'
  • 'O meu problema não é o que eles ganhavam, foi a maneira como enganaram os accionistas para serem ainda mais remunerados do que deviam ser'
  • '...Mas estavam tão considerados como o tipo de máfia intocável, eu chamei diversos nomes àquelas pessoas'
  • SIC Notícias, 18 de Julho de 2008
  • 'Senhor engenheiro, você quer um conselho de administração que seja controlado por si para continuarem a pagar as suas extravagâncias, esqueça-se, isso não vai acontecer se eu andar por aqui'
  • 'Alguns membros do Conselho de Administração fizeram irregularidades'
  • 'Disseram-me ontem à noite que as despesas de decoração e obras na casa dos administradores são pagas pelo banco. Pela mesma companhia do Goes Ferreira'
  • SIC Notícias, 3 de Dezembro de 2007
  • 'Eu já estou farto das mentiras dele como fundador da instituição. (...)'
  • 'O Jardim Gonçalves levou desta instituição centenas de milhões de euros'
  • RTP, 29 de Outubro de 2007
  • 'A minha preocupação é afastar Jardim Gonçalves do banco. Se ele gosta da instituição, devia sair já'
  • 'Ele já foi a ovelha branca mas, agora, é a ovelha negra. Ele que vá em paz... enquanto pode. Os guarda-costas, os carros, o Tagus Park, aquilo é quase tudo dele... Tem uma vida de Papa'
  • 'Visão', 18 de Outubro de 2007
  • 'A gerência fez aquelas manipulações todas para poder ganhar os 50 ou 60 milhões'
  • 'Jardim levou para casa perto de 50 milhões de euros, oficiais (...) Aquilo é um ninho, como se diz na Madeira, um ninho de ratos'
  • 'Jardim Gonçalves quer deteriorar outra vez a situação para que consiga voltar ao poder e continuar a ter as vantagens financeiras individuais para ele próprio. Eu já pedi uma investigação e chamo a isto uma fraude de colarinho branco'
  • 'Ele só usa aviões privados. Quem é que este senhor pensa que é?'
  • SIC Notícias, 7 de Agosto de 2007
  • 'Jardim Gonçalves já não tem uma boa memória, pois diz que não me conhece. Deve estar a sofrer seriamente da doença de Alzheimer'
  • 'Expresso', 4 de Agosto de 2007
  • 'Não sei como é possível a CMVM, o Banco de Portugal, os accionistas ainda apoiarem Jardim Gonçalves depois destas mentiras todas'
  • 'Continuam a pagar a esse senhor seguranças, 40 seguranças, carros blindados, etc. Se o Jardim Gonçalves sabe alguma coisa tem de dizer aos accionistas'
  • 'Jornal de Negócios', 2 de Agosto de 2007
  • 'Ele não é o dono do banco. Ele já tem setenta e tal anos de idade. Fique em casa, a cuidar das galinhas ou não sei quê. O tempo dele já passou'
  • SIC Notícias, 1 de Julho de 2007
  • 'Jardim Gonçalves deveria deixar o banco progredir e não seguir o exemplo da Igreja, onde se elege um líder para a vida'
  • 'Diário Económico', 17 de Maio de 2007

Artigo publicado na edição impressa do dia 9 de Agosto de 2008, Caderno Economia, página 8 ( Exppresso )


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CMVM aplica multa de 3 M€ ao BCP


O conselho directivo da CMVM decidiu aplicar uma multa de 3.000.000 euros (3 M€) ao Banco Comercial Português (BCP) por violação das normas de «Deveres de Intermediários Financeiros», segundo foi anunciado esta segunda-feira pelo regulador do mercado.

A «contra-ordenação muito grave» aplicada à instituição bancária refere-se a várias infracções, por factos ocorridos entre 2000 e 2007. Entre os factos que justificam a sanção, contam-se a prática de "intermediação excessiva"; dolo por incapacidade de evitar "conflito de interesses" e violação do "dever de conservadoria" e negligência na "qualidade da informação prestada" à entidade de supervisão.

A decisão proferida pelo polícia da bolsa já foi alvo de uma impugnação judicial, nota a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

“A luta contra as ‘offshores’ vai ter de continuar”


Entrevistas de Verão: Maria José Morgado 2008-08-06 01:05

“A luta contra as ‘offshores’ vai ter de continuar”

A lei só prevê penas até três anos o que bloqueia o uso dos meios necessários à investigação.


Aos 57 anos, Maria José Morgado conta com 29 de total dedicação às funções de magistrada do Ministério Público. Faz questão de manter reserva sobre a sua vida privada. Antes do 25 de Abril, distinguiu-se na resistência contra o regime, como militante do MRPP – altura em que conheceu o marido, o fiscalista Saldanha Sanches. Abandonou a militância maoísta em 1975, no ano em que entrou para a magistratura e em que nasceu a sua filha. Desde então, passou pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, pela Boa Hora e no ano passado regressou, como directora, ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa – onde iniciou a sua carreira. No seu currículo destaca-se ainda a passagem pela PJ, por dois anos, onde liderou a Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira – que acabaria por deixar depois da demissão do director nacional Santos Cabral.Perfil: Maria José Morgado

Fala-se muito da politização da justiça, sempre que surgem casos que envolvem políticos da oposição. Isso existe?
Isso não acontece, nunca aconteceu e nem vai acontecer. Porque nem é possível, o processo é um procedimento de acordo com determinadas regras.
Embora o aproveitamento político de determinados processo seja incontornável.
Ah, isso em qualquer parte do mundo, não conseguimos evitar.

Envolve-se emocionalmente com os processos que investiga?
Não convém, não convém…

Mas é difícil?
Não é difícil, temos de estar preparados para ter distância em relação aos casos. Os casos não podem ser sentimentos, embora exijam o conhecimento do aspecto humano, porque estamos sempre a decidir sobre pessoas, sobre a vida das pessoas e sobre a culpa das pessoas. A pessoa é sempre a questão central do processo.

Ainda acredita que distingue um magistrado de um policia é que retira-se um processo a um magistrado e é um alívio, retira-se um processo a um polícia e é uma afronta.
Pois, isso tem mais a ver com atitudes perante o trabalho e com culturas. Nos tribunais há uma cultura mais burocrática, cada vez menos agora, mas nos passado isso era frequente. Discute-se sempre onde é que o crime se consumou e quem é o tribunal competente para o julgamento. Curiosamente quando estive na PJ reparei que o polícia tem uma cultura inversa: o processo representa competência para ele, capacidade de trabalho e se lho retiram é considerado sempre ofensivo.

Isso aconteceu no caso ‘Maddie’, onde um polícia que saiu da inevstigação escreveu um livro sobre o processo. Como avalia este caso?
Não quero falar sobre os casos concretos.

Mas neste vertente, de um processo que deixa de ser um processo qualquer e torna-se…
(silencio)…O caso Maddie é um caso invulgar e nós não podemos transformar casos invulgares no seu contrário porque depois chegamos a conclusões erradas.

João Cravinho diz que a corrupção de Estado aumentou. Concorda?
Ele é capaz de ter razão, mas não há, ainda, análise dos riscos da corrupção e isso faz-nos falta. Evidentemente que a aquisição de serviços, empreitadas de obras públicas, é considerada uma área de risco agravado em termos de metodologia de combate à corrupção.

É possível fazer-se essa ligação: se as grandes empreitadas são potenciais focos de corrupção e se o país vai ter grandes empreitadas, o MP deve ter uma acção preventiva nesta área?
O que pode é dizer que há risco agravado, deve ser recolhida informação para prevenir, as eventuais oportunidades de corrupção! Pronto. Isso é uma metodologia que faz parte de um clássico da prevenção.

As obras públicas previstas para os próximos anos devem ter esse acompanhamento de perto?
Não era mau. Na Expo98 ensaiou-se uma experiência desse tipo e foi possível prevenir determinados fenómenos e, alguns, deram origem a processos-crime. Houve dois, um está ainda pendente…

Outro teve condenação.
Sim, teve condenação até rápida, no Tribunal da Boa Hora. O quadro actual é um bocado confuso porque a lei 19/2008 cria uma série de obrigações e de bases de dados e, depois o Conselho de Prevenção da Corrupção, vem criar outro tipo de bases de dados, outro tipo de obrigações. Não sei até que ponto se encaixam umas nas outras.
É legislação avulsa?
Pode ser uma legislação de fachada no sentido em que, aparentemente, cria ferramentas de prevenção e de combate à corrupção, mas na realidade permanecem as dificuldades. A lei 19/2008, por exemplo, criou um registo obrigatório de procurações irrevogáveis relativamente à transferência da titularidade de imóveis. Esse registo de procurações será criado, em principio, no âmbito do Ministério da Justiça. Depois cria a obrigação do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional de proceder anualmente à analise das declarações de rendimentos apresentadas após o termo dos mandatos ou a cessação das funções e por sua vez o Conselho de Prevenção da Corrupção tem competências de recolher e organizar informações de operacionalidade duvidosa…

Como por exemplo…
Digo duvidosa em termos práticos. Aquilo que se procura aqui é fazer o controle da riqueza ilícita, digamos assim, enquanto um risco criado para práticas corruptivas, na área da administração pública, central, local e da titularidade de cargos políticos. Agora, não me parece que os sistema criado seja coordenado e eficaz: E mais o Conselho de Prevenção da Corrupção nem sequer assenta em pessoal especializado.

Corre o risco de ser um nado-morto?
Não sei. Acho muito difícil a coordenação entre todos estes elementos legais e instituições. Teria preferido um sistema que partisse das instituições que já existem, que estão a funcionar e que estão ligadas à prevenção.

É apenas criar novas instituições?
Sim, mas não sei qual é a vitalidade que isto possa ter.

O que é que este director nacional da PJ tem que o o seu antecessor não tinha?
Não faça comparações dessas (risos. São duas pessoas estimáveis, tanto este como o anterior. A questão que se discutiu era saber se seria correcto ser um polícia de carreira. Na minha opinião não só é correcto, como a Policia Judiciária está preparada e já fez o seu caminho, a sua evolução.

Este PGR tem confrontado o pais com um discurso muito directo. Diz que há, crianças de sete anos que vão armadas para as escolas, que existe violência contra idosos e nos hospitais que passam ao lado da sociedade. Fazia falta uma personalidade assim?
A orientação do Sr. PGR é uma lição para todos nós.

O MP ainda hoje tem uma estrutura feudal, cheia de condes e viscondes, tal como disse o PGR?
Isso tem alguma razão de ser. Todos os dias temos de fazer um esforço de actualização, para vencer a cultura burocrática que é muito própria das magistraturas.

O combate à corrupção está no discurso político na criação de novas leis. Mas temos uma enorme dificuldade de nomear um CEO ou um político de dimensão nacional condenados por corrupção…
Não gosto muito daquele discurso de que não há vontade política, estamos no pântano. Agora, os resultados muitas vezes são desvalorizados.

É razoável casos como a Operação Furacão menterem sob suspeita dezenas e dezenas de empresas há quatro anos. Isso é razoável?
Não falo de casos concretos. Agora ponham os olhos em qualquer investigação económico-financeira em toda a Europa e há uma coisa que nos estamos a esquecer: o princípio da proporcionalidade e da adequação. Os prazos têm de ser proporcionais e adequados ao grau de dificuldade. Ninguém reivindica prazos indefinidos nem não prestação de contas. E isto não é uma exigência do Ministério Público, é do Estado de Direito, porque se não ficamos completamente desarmados.

Então nesses casos o segredo devia ser efectivo?
Devia. É assim em toda a Europa: Itália, Espanha, Alemanha.

Durante a fase de investigação haveria segredo…
Com certeza, para os crimes graves. Não estou a falar da pequena e média criminalidade que é para ser julgada tão depressa quanto possível, porque só estanca sentimentos de insegurança.

Não é uma tentativa de ter mais poder…
Qual poder, qual carapuça! Não é nada disso! Volta e meia há pessoas que se entregam e confessam. Isso até aconteceu na Cosa Nostra quando Russeta se entregou ao juiz Falcone e explicou como é que a organização funcionava. Mas isso são factos extraordinários.

O poder político tem recusado dar resposta aos alertas do Ministério Público para que se alterem os prazos permitidos para a investigação.
…a vida nos ensinará porventura (sorriso). Não vale a pena estar muito ansioso.

É uma questão de tempo?
Sim, sim.

O Governo vai acabar por fazer essa alteração?
(Silêncio)

Em 2002 disse que o futebol é um mundo de branqueamento de capitais e promiscuidade com o poder político. É uma frase muito dura, para com um sector da sociedade portuguesa.
É, seis anos depois…

Mudou muita coisa?
Seis anos depois não se pode dizer que não tinha razão. Muitas outras vozes definiram a criminalidade em torno do futebol. Recomendo o “Inpendent european support review 2006”, liderado por José Luís Arnault que reconhece a especificidade do desporto e do modelo europeu do desporto e reconhece a necessidade, na parte do crime, de prevenir e combater fenómenos de criminalidade económica.
O caso Apito Dourado reflecte isso?
Não falo nem posso falar de casos concretos como sabe.
Já disse que as ‘offshores’ começaram por dar uma ajuda na fuga fiscal e que se tornaram mecanismos importantes para a criminalidade organizada. Como vê a utilização de offshores, dentro do sector financeiro português?
Toda a gente sabe o risco que as offshores representam e a atitude dos Estados em relação às offshores já não é a mesma que era antes do 11 de Setembro, quando se chegou à conclusão, por exemplo que o financiamento e a própria fortuna de Bin Laden foi conservada através de mecanismos offshore. Eu disse em tempos que os paraísos fiscais e judiciais eram fortalezas do crime e transformaram-se em fortalezas do crime e as policias sabem disso.

E em Portugal?
Há uma luta diária pela má utilização do regime offshoree essa luta tem de continuar.

Tem tido resultados?
Estamos melhor hoje do que estávamos ontem e anteontem e do que há cinco anos atrás. Tem havido uma evolução positiva e já há paraísos fiscais que colaboram no sentido de darem respostas às autoridades A lista de países hostis que não colaboram cada vez que é preciso tem-se reduzido. Houve uma evolução no meu entender positiva. Mas a questão é que não podemos adormecer, tem que se trabalhar todos os dias, temos de pressionar todos os dias.

Sem falar de casos concretos, mas é público que tem em mãos o caso BCP. Tem em conta a enorme repercussão que qualquer sinal público tem para o sector financeiro?
Primeiro eu não tenho esse caso porque as funções de direcção não me permitem despachar processos. Os processos são despachados por uma equipa no DIAP que é constituída por 71 procuradores.
Não é uma tutela sua?
Não dou instruções processuais, as minhas funções são outras. Sobre o BCP evidentemente que não direi uma palavra. Sobre os crimes de mercado posso dizer que o Código de Valores Mobiliários prevê punições, muito, muito, muito anémicas, muito fraquinhas, em relação aos níveis de gravidade e à necessidade de protecção do bem jurídico mercado financeiro. Os crimes de manipulação de mercado ou os crimes de informação prestigiada são puníveis até três anos de prisão, se não me engano, segundo o CMVM. Acho isto uma punição ridícula, em comparação com a gravidade dos danos provocados por essas condutas que põem em causa a estabilidade financeira, a confiança nos mercado, na banca, nas instituições, criam fontes de perigo que produzem uma danosidade financeira e social muitas vezes inflacionada e dificilmente controlável. Precisamos de um sistema penal dissuasor. Nunca fui defensora do aumento das penas pelo aumento mas, neste caso, aumentar a moldura penal dos crimes de mercado é exigência para a protecção do mercado financeiro e, até, da própria qualidade da investigação. Porque com este nível de penas nem sequer o Ministério Público pode nos processos-crime ter acesso à localização celular, a dados de trafico das operadoras de Internet ou telemóveis. Estes meios são para crimes graves, criminalidade altamente organizada, punivel com penas superiores a cinco e oito anos. Os crimes de mercado ficam de fora, o que é espantos.

“Não me preocupa ser feliz”
Sofreu dez dias de tortura e esteve onze dias em greve de fome, enfim, sente que é uma mulher à prova de bala. Sente-se mais resistente do que é normal?
Isso é retórico. Não tenho nada de especial…aconteceu antes do 25 de Abril, quando fui presa pela PIDE/DGS e submetida aos métodos normais na época, era a tortura do sono.

Que imagem guarda desses tempos conturbados?
É uma imagem boa. Se voltasse atrás se calhar voltada a fazer tudo na mesma.

Identifica-se muito com esses tempos?
Identifico-me e não me identifico…antes do 25 de Abril fazia parte do movimento estudantil antifascista e claro que a orientação seguida pelo MRPP era uma orientação maoista, considerada extremista. Pronto, mas éramos extremistas em palavras, e evidentemente com essa parte não me identifico. A minha concepção do mundo mudou radicalmente e por isso eu na altura saí e abandonei a militância politico-partidária…

Em 1975?
Em 75, até na altura acabei o curso e depois concorri para o Ministério Público, e portanto, a minha vida mudou completamente, aliás isto tem a idade que tem a minha filha, a minha filha já é o produto da ressaca, digamos assim, desses tempos, tem 31 anos, é só fazer as contas.

Em que medida é que esses tempos a marcaram no seu percurso profissional ligado à justiça e à defesa das grandes causas?
Há-de estar lá no ADN.Ensinou-me muito, ensinou-se a seguir uma justiça que não seja divorciada da realidade e a não ver a justiça virada para dentro. A justiça penal não pode ser vanguarda de uma coisa qualquer.

Que imagem guarda de Durão Barroso nesses tempos?
Éramos um grupo de estudantes maioistas, que nos conhecíamos da faculdade de Direito de Lisboa. Fazíamos parte da secção do MRPP. É uma coisa muito longínqua, muito distante, muito remota…

Quando saiu do MRPP ele acusou-a de ser a “renegada Morgado”…
São coisas do passado, não tem nada de especial.
Nas memórias falará sobre elas, ou nem sequer pretende escrever memórias?
Não tenho memórias nenhumas, não é essa a minha vocação, dou pouca importância a esses aspectos pessoais, tenho outras preocupações.

Continua a não ter carro, nem carta, e a utilizar os transportes públicos?
Lá em casa ninguém tem carro nem ninguém tem carta. Somos verdadeiramente ecológicos. (risos) Não são palavras, são factos. Eu gosto dos transportes públicos, isso ensina-me a conhecer as pessoas.

Tem segurança pessoal?
Não, não tenho segurança. Quando se iniciou os trabalhos da equipa especial, na fase do Apito Dourado, muito diligentemente e simpaticamente, e isso são coisas que eu agradeço, uma equipa da PSP veio-me colocar a questão da minha segurança pessoal e de ela ser feita pela PSP, de acordo com as regras. Eu achei que não era necessário, continuo a achar que não era necessário e não é por força de termos determinados processos que vamos ter segurança pessoal.

Isto para dizer que mantém a sua vida, o seu anonimato.
Eu faço a minha vida normal.

Ainda é viciada em jornais?
Leio os jornais todos, de manhã cedo, ao pequeno-almoço.

É uma mulher feliz?
Não me preocupa isso.
Tem uma imagem pública de grande rigor, de grande força no cumprimento dos seus objectivos?
Sim sou um bocado viciada (sorriso) sou um bocado viciada nisso, não tenho muitas preocupações individuais, a questão da felicidade não é uma coisa que me preocupe, acho que é uma ideia impossível, se calhar…

Mas disse numa entrevista que vinha todos os dias trabalhar com alegria…
Sim, gosto do que faço, gosto do MP, vim para o MP por gostar do MP, pronto e quero continuar no MP.

Continua a ser viciada em natação?
Sim, é a adrenalina, são fenómenos biológicos.

Leva trabalho para casa?
Se for necessário levo, não tenho problema nenhum, gosto.

E há casos que lhe tiram o sono?
Podem tirar sim senhora, até sou de dormir pouco, isso não é problema.

Qual é o caso que a preocupa mais, é o que tem que resolver a seguir, é o que está há mais tempo por decidir, há algum grau de prioridade?
Não, quer dizer, com certeza que há, a tal questão da proporcionalidade também se aplica aqui, agora, nas minhas funções actuais preocupa-me muito apoiar os magistrados que fazem parte da equipa do DIAP de Lisboa, compreender as dificuldades deles, arregaçar as mangas e estar ao lado deles, não os abandonar, às vezes nu certo pico de dificuldades que nos surgem.



sábado, 26 de julho de 2008

Jardim Gonçalves indignado com Vítor Constâncio!



Jorge Jardim Gonçalves está indignado com Vitor Constâncio, devido às notícias que dão conta da possibilidade dos antigos gestores do BCP serem inibidos de exercer funções bancárias durante sete anos, devido às alegadas irregularidades praticadas no banco.


A notícia é avançada pela edição online do SOL, que dá conta que “Jardim Gonçalves está indignado com Constâncio”, estando em causa o facto de as eventuais penas estarem a ser veiculadas na comunicação social antes da conclusão do processo.

A mesma fonte adianta que Jardim Gonçalves está indignado com a situação e que estará a preparar uma reacção às notícias avançadas na comunicação social.

Fontes jurídicas ouvidas pelo SOL defendem que, a confirmar-se a violação do segredo de justiça e a antecipação, pelo governador, das sanções que o Banco de Portugal pode aplicar aos arguidos, Vítor Constâncio poderá também ele ser alvo de um processo que leve à sua inibição de funções.

O Jornal de Negócios noticiou hoje que os antigos administradores do Banco Comercial Português que possam vir a ser inibidos pelo Banco de Portugal (BdP) - na sequência das investigações à utilização de "off-shores" para compra de acções próprias - correm o risco de ficar inibidos de exercer funções bancárias durante mais de sete anos.



Comentários:
PInácio fico deslumbrado com a sua teoria da conspiração. Mude o nick senão confunde-nocom a Figueira da Foz. Ejá agora explique melhor a conspiraçãocom notícias todos os dias. Acha que JG é um bom rapaz? Que todos os outros são mauzões? Que os factos são todos virtuais? Se for assim copreendo-onas suas palavras e ingenuidade, manipulando também a opinião dos pobres de espírito que ainda esperar que o BCP tinha um toque de Céu e que JG intrepretou como Seu.
njpereira, em 2008-07-26 09:55:11
Afinal Jardim Gonçalves ainda tem extremosos admiradores que estão incomodados com o segredo de justiça, crentes de que tudo não passa de uma cabala e uma luta ente Opus Dei e Maçonaria. Será assim?
É triste o nosso subdesenvolvimento mental que leva á saudade da lei da rolha. Como antigamente. Só que antigamente o bancário(banqueiro com o dinheiro dos outros)teria sido excluído pelos políticos. Recordem os efeitos do caso Sommer e outras tropelia.
É muito estranho que em Portugal o tratamento dos especuladores e vígaros ainda seja algo que merece silêncio e mesericódia por parte da sociedade, inclusive dos lesados. Certa gente é reincidente sem possibilidadede regeneração. É a sua natureza.
Os jornalistas estão a fazer bem o que se lhes pede, e pena é que muitas vezes partam o bico do lápis e não ponham no linguado o que mereceria chegar a letra de forma e impressão, isto utilizando a terminologia antiga que o computador já eliminou.
O meu agradecimento a todos os jornalistas que ainda têm coragem, sabendo-se da precaridade da profissão e das pressões ilegítimas sobre eles, quando não se vergam ou vendem!
njpereira, em 2008-07-26 09:47:40
Qual é a dúvida, Sr. Tito, que quer colocar sobre esse assunto? Não entendo a nuance? Não podem os jornalistas falar à vontade com o Governador do Banco de Portugal? Isso é proibido, é?
Se não fosse a comunicação social este caso não existia. Ainda bem que o Banco de Portugal coloca tudo em pratos limpos e não tem medo de fazer justiça e de dizer abertamente aos senhores jornalistas o que se está a passar
FranciscoProenca, em 2008-07-26 01:44:40
Li agora que a tal dita reunião foi feita «à porta fechada»?
Tito1500, em 2008-07-26 01:36:39
Há neste artigo uma nuance interessante: houve ontem uma reunião entre o Governador e a comunicação social? Para falar sobre o BCP?
Tito1500, em 2008-07-26 01:34:54
Ele coitado do inocente nem sabia da divida do filho ao seu banco. Vá gozar com quem lhe fez as orelhas.
juncal, em 2008-07-26 00:38:08
Zangam-se as comadres descobre-se as verdades.
Tino66, em 2008-07-26 00:21:14
Zeus
Muito certo, Nem mais...Levava e levava a sério.
Existem aqui patricios que como nunca conheceram mais nada do que Portugal e mal acham que as coisa correm assim noutros lados.
Ele o Jardim sabe bem disso...ai não?!...
Levava que contar nas Américas. A esta hora estava a comer Hot-Dogs na Prisão e sem ar-condicionado.
juncal, em 2008-07-25 23:38:53
num país em que o segredo de justiça é palavra morta
o problema não reside aí
o problema está na alegação de desconhecimento de factos
que já eram do conhecimento de muitos outros
muitos mesmo
DisMissed, em 2008-07-25 23:19:19
coitado...a agora? que responsabilidade teve este sr nas tão faladas "falcatruas"? alguém tem de ser responsabilizado e pagar pelos "ilícitos" cometidos..ou será que nng é culpado e td foi obra do "espírito santo"...assobiar pr o lado? ñ
bitoria, em 2008-07-25 22:43:32
Caro bolina

Subscrevo totalmente "com ferros matas, com eles morres
nicado, em 2008-07-25 22:42:04
Este mafioso pró "CAMORRA SICILIANA" ainda se mostra indignado por poder ficar inibido de exercer funões na banca, quando o lugar dele deveria ser a exercer funções dentro de uma "PRISÃO".
aafval03, em 2008-07-25 22:41:26
Gostava de os ver inibidos da possibilidade de movimentarem as suas contas até que devolvam com juros o que roubaram ou fisco.
AZULCLARINHO, em 2008-07-25 22:40:11
não é possivel que gente desta não tenha trabalho assegurado...é com o trabalho deles que o país prospera...pois pois aos muitos milhões ganhos...onde já vi e ouvi isto?Na banda desenhada onde o scherif é quem manda...
Nandez, em 2008-07-25 22:32:33
a malta da opus dei resolve isso com umas avé-marias..

na patria do capitalismo levava 20 anos no minimo...

aqui o capitalismo tem outras "nuances"...( leia-se, mafia )
pontaesquerda, em 2008-07-25 22:23:18
COM A INTERCESSÃO DE MONS. ESCRIVÁ DE BALENGUER NENHUM MAL LHE ACONTECERÁ. AFINAL DE CONTAS O ENG. JARDIM GONÇALVES JÁ DEVE TER COMPRADO AS NECESSÁRIAS INDULGÊNCIAS PARA TER O CÉU GARANTIDO. OS POBRES É QUE ESTÃO TRAMADOS POIS NÃO GANHAM O SUFICIENTE PARA O DIA-A-DIA QUANTO MAIS PARA PAGER INDULGÊNCIAS.
LÁ DIZ O EVANGELHO: AI DE VÓS RICOS QUE JÁ TENDES O VOSSO GALARDÃO....NÃO QUEREM LÁ VER QUE JESUS CRISTO ERA SOCIALISTA?!
ABA, em 2008-07-25 21:41:37
Os Portugueses é que estão indignados com o Jardim Gonçalves e a tropa fandanga do PCB, bem como com as autoridades (Banco de Portugal, Bolsa, etc.).

Em qualquer país civilizado não ficariam impedidos de exercer por 10 anos, mas sim para toda a vida. Isto para alem de serem presos e obrigados a devolver todo o dinheiro roubado e ao pagamento de multas avultadas.
Zeus, em 2008-07-25 21:13:35
Que dignidade, tão injustiçado coitado...
moscovia, em 2008-07-25 21:12:56
Oh gipsyking,
por alguma razão o BCP saiu da bolsa de Nova York, ou pensas que foi porque estava fora de moda? Lá não se brinca em serviço e este indignadozinho está a fazer acções mas era acções de faxina num penitenciária federal qualquer. Se tivesse vergonha na cara ficava mas era calado. Bem faz o Berardo que meteu essa escumalha toda em tribunal. O BCP não é bem a catreira lá de casa que cada um tira o que quer (ou pode)...
madmax, em 2008-07-25 20:56:23
A Comunicação Social têm sido completamente manipulada. Usada e abusada. Pobres de espirito que não sabem distinguir a estrada da beira com a beira da estrada e todos os dias passam recados uns aos outros para formar um caso de proporçõs GIGANTES que provavelmente é muito menos grave do que se pensa. É gritante ver que todos os dias são publicadas noticias sobre este caso que na maior parte das vezes não acrescenta nada em relação ao que já se sabe.
PInacio, em 2008-07-25 20:29:30
Goste-se ou não do Homem, o facto é que ele foi completamente «lixado» pelo sistema e pelo Berardo, esse um verdadeiro bandido, na guerra pelo controlo do banco. O facto agora é que o BCP é um banco controlado pelo Estado e pelos Xuxas, que mantém a pressão para que nas eleições de 2009 tudo seja a favor do resultado. Ontem o Futebol na RTP foi outro dos pontos que estão previstos na estratégia de manutenção do poder por parte do PS. Só não vê quem não quer e a Manuela Ferreira Leite, que provavelmente continua mais preocupada com a neta, continua calada. Ao pobre o Portas já ninguém ouve, para o Louçã não há paciencia... e resta quem?

sapas, em 2008-07-25 20:22:23
É incrível como este país se deixa subjugar por esta casta de pseudo-gestores. Uns são uns taradinhos cheios de crenças, ratos de sacristia, porém no seu modus operandi crueis como poucos. Outros são uns viciados na afirmação pessoal através de uma obsessiva vontade de aparecer para vomitarem lugares comuns. Há-os ainda ligados ao poder político, mais discretos porque com telhados de vidro convém que se acautelem de uma perigosa visibilidade. Mas estes são mesmo pobres, pobres técnica e moralmente.
Entristece-me isto, pois o povo português não merece esta gentalha.
stephane, em 2008-07-25 20:13:44
É impressionante a quatidade de vezes que Victor Constâncio e Carlos Tavares quebraram a presunção de inocência neste caso. Inocente até prova em contrário é coisa que não existe em portugal. O jornalistas não deviam pactuar com esta pouca vergonha.
sapas, em 2008-07-25 20:06:13
Santa Ignorância a de VMMA45.......
BSilva, em 2008-07-25 19:48:03
Indignados deverão estar os accionistas pela forma tão pouco rigorosa e transparente como se fez a gestão desta empresa.

almc
almc, em 2008-07-25 19:47:12
ISTO NÃO É NADA EM COMPARAÇÃO ÁS ATROCIDADES E PERSEGUIÇÕES QUE O SR JARDIM ATRAVÉS DOS SEUS CÃES DE FILA FIZERAM A GRANDE PARTE DOS SEU TRABALHADORES.AQUELES QUE NÃO SE SUBMETIAM EM SATISFAZER AS S/VONTADES ERAM POSTOS DE PARTE E EMPURRADOS PARA A REFORMA.HOUVE CASOS EM QUE TRABALHADORES CUMPRIAM O HORÁRIO SEM QUE TIVESSEM QUALQUER TAREFA DISTRIBUIDA.DEUS NÃO DORME!
VMMA45, em 2008-07-25 19:42:07
Bem podem agradecer ao seu deus Mammon o facto de viverem em Portugal, com penalizações destas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, seriam mais severos.
gipsyking, em 2008-07-25 19:40:27
Voltam a funcionar os métodos do PREC....e o Engº.Jardim Gonçalves terá que emigrar de novo.
BSilva, em 2008-07-25 19:38:06
Com ferros matas, com ferros morres...
bolina, em 2008-07-25 19:14:34
Jardim Gonçalves deve alegrar-se pois e evidente que nunca podera cumprir uma pena assim tao longa
tokarev, em 2008-07-25 19:08:24

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DEVE-SE LUTAR SEMPRE PELA VERDADE NO BCP....................... "A crise aperta, a crise é forte, a crise é farta, mas algumas instituições bancárias acharam que o melhor era enterrar ainda mais os endividados na lama". Pedro Ivo Carvalho, "Jornal de Notícias", 28-11-2009